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O novo modelo operacional de TI baseado em ativos reutilizáveis

O novo modelo operacional de TI emprega uma abordagem através da qual a TI Central impulsiona a produção de ativos reutilizáveis. E o que é mais importante: permite o consumo desses ativos por equipes dentro dos segmentos de negócios para fornecer iniciativas digitais. 

Esse modelo aborda os princípios de produção e consumo, mas o que é realmente novo é o que está sendo produzido e o que está sendo consumido.

Esse novo modelo operacional de TI baseia-se em princípios de negócios que existem há décadas, porém somente agora estão sendo aplicados com frequência na entrega de projetos de TI corporativos. Um exemplo disso é o modelo de franchising.

Antes de discorrer sobre o tema, gostaríamos de frisar que este artigo faz parte de uma sequência de artigos. O ponto focal desta série de artigos é apresentar os principais pontos e abordagens para a adoção de um efetivo modelo operacional de TI, com intuito de eliminar o gap de entrega.

Caso você tenha perdido, o primeiro artigo abordou o tema “Gap de entrega da TI: os desafios para eliminá-lo”, onde discutimos os desafios que as empresas estão enfrentando e as mudanças tecnológicas que precisam empreender para se manterem competitivas, através da otimização das entregas.

Perdeu este artigo? Não tem problema, basta clicar aqui e conferir o artigo na íntegra.

Abaixo discutiremos de forma mais detalhada uma proposta de reformulação estrutural da TI. Para isto, traremos luz ao seguinte questionamento: como reavaliar o modelo utilizado e de qual maneira é possível fazer esta transformação?

AS BASES DO MODELO DE FRANQUIA


Faremos um paralelo com uma empresa mundialmente conhecida – O Mc Donald’s. Este negócio, em muitos aspectos, foi pioneiro no modelo de negócios de franquia.

A sua empresa central, tem ativos essenciais, tais como: receitas, layouts de varejo e ofertas de marketing. Os ativos são empacotados para reutilização por seus franqueados, que por sua vez, executam os planos com autonomia.
Isso estimula a inovação nas extremidades do negócio, disponibilizando os ativos reutilizáveis e a propriedade intelectual para o consumo individual de cada franqueado.]

Mas, de que maneira isso funciona? A empresa habilita seus franqueados ou fornecedores, educando-os com as melhores práticas e processos. Além disso, ela promove a qualidade tanto por meio de padrões estabelecidos e exigentes quanto por meio de feedbacks contínuos dos consumidores. 

Finalmente, a empresa matriz mantém o controle sobre os ativos e tem visibilidade de toda a operação, levando inovação e autonomia de trabalho aos seus franqueados.

Esse modelo de negócios tem duas vantagens distintas. Primeiro, o modelo de franquia permitiu que o McDonald’s se expandisse globalmente em um ritmo muito mais rápido do que jamais teria conseguido de outra forma. 

Em segundo lugar, embora todos os McDonald’s em todo o mundo pertençam indiscutivelmente ao mesmo negócio, os franqueados nos mercados locais podem inovar de acordo com suas próprias necessidades. 

Um exemplo clássico disso: é a permissão para variar itens do menu de acordo com o paladar e costumes de determinado lugar. Isto possibilita o aumento da probabilidade de sucesso do empreendimento naquela região. 

Ou seja, além da padronização da marca e da sua qualidade no mundo todo, este modelo também permite a expansão do negócio com base no conhecimento de aspectos locais, onde a franquia está inserida.

A esta altura, é provável que você esteja se perguntando: o que esse modelo tem a ver com TI? 

Bom, para que as organizações de TI consigam atingir o nível exigido pela era da disrupção digital, seria um diferencial competitivo repensar sua estrutura, adotando os princípios utilizados pelas franquias.

O “PULO DO GATO” DAS FRANQUIAS QUE AS EQUIPES DE TI DEVERIAM OBSERVAR

 
As empresas de franquia têm dois principais ativos reutilizáveis. São eles: o “que”– que se refere aos princípios de organização e o “como” – que é a forma como os franqueadores desbloqueiam e empacotam modelos prontos para o consumo de seus franqueados. Isso tudo no sentido de impulsionar a escala de inovação, enquanto mantêm a qualidade e governança de acordo com os padrões exigidos.

No novo modelo operacional, a TI central precisa transformar sua função em uma que libere ativos e permita o consumo por segmentos de negócios e desenvolvedores em toda a organização. Com isto, ganha-se escala, criando inovação e velocidade, sem abrir mão do controle.

Neste sentido, algumas questões sobre o novo modelo operacional de TI surgem.
Continue com a gente para entender como isso tudo funciona na prática.

Como o novo modelo operacional de TI deve funcionar dentro da organização?


A ideia é que, seguindo os moldes de um negócio de franquia, a TI central deveria aliar a inovação em toda a organização. 
Para isso, ela deve criar ativos reutilizáveis e habilitar a autonomia dos processos, em vez de trabalhar e entregar projetos inteiros por conta própria.

Ao aproveitar os recursos e capacidades fora da TI central, as organizações podem promover uma verdadeira mudança na velocidade e capacidade de entrega.

Como a TI dimensiona um novo modelo operacional?

Pensar em um novo modelo operacional, implica dizer que antes é necessária uma mudança significativa na maneira como a TI opera. 

Em vez de apenas entregar projetos, a TI central deverá gastar seu tempo criando ativos reutilizáveis e permitindo que o restante da organização use-os.

Mas como isso realmente acontece na prática? 

Há três coisas que os líderes de tecnologia precisam considerar ao trabalhar no dimensionamento da organização de TI. 
A priori essas mudanças parecem ser trabalhosas, porém os frutos são muito rentáveis. No futuro, a empresa observará o aumento da produtividade, da inovação, com consequente aumento da lucratividade, à medida em que:  

  • Altera seu modelo de entrega
  • Muda sua abordagem para integração
  • Altera a maneira como sua equipe de TI é organizada

Estabelecidas as respostas destas questões e as prioridades das equipes de TI, é chegado o momento de iniciar a transição do modelo de entrega existente, como veremos mais detalhadamente a seguir.

Mudando o modelo de entrega da produção para a produção + consumo

Como sabemos agora, a TI central precisa se afastar da tentativa de entregar todos os projetos de TI e começar a construir ativos reutilizáveis. 

Isso permitirá que as áreas da empresa produzam alguns de seus próprios projetos – dando autonomia a elas, em vez de esperar pela entrega de TI. A chave para essa estratégia é enfatizar o consumo tanto quanto a produção.
Abordagens tradicionais de TI (como por exemplo o SOA – Arquitetura Orientada a Serviços) concentram-se exclusivamente na produção para a entrega de projetos. 

No novo modelo operacional, a TI mudará sua mentalidade para pensar em produzir ativos destinados a serem consumidos por outras pessoas em toda a empresa. Para isso, os recursos precisam ser detectáveis. 

Além disso, os desenvolvedores precisam estar habilitados para disponibilizá-los em projetos. Isso deve ocorrer por meio de um repositório visível e utilizável, que possua documentação com as práticas recomendadas.
 

O modelo de produção + consumo

Um dos melhores aspectos desse novo modelo operacional é o seguinte: os ativos mais úteis para o restante da empresa subirão ao topo graças ao feedback ativo do modelo de consumo. 
Isso vai acontecer juntamente com as métricas de uso para informar o modelo de produção. Os ativos reutilizáveis que são mais úteis se tornam a base de vários produtos do projeto, que podem ser concluídos mais rapidamente.

Mike Hamilton, diretor de TI da MuleSoft, explica como isso funciona na prática:

Primeiro, ele nos mostrou qual foi o ponto de partida da sua empresa: “Pegamos toda a lista de projetos de processos de negócios que precisavam de automação e decidimos dividi-los em partes e depois agrupar as peças em serviços comuns.”
Com isso, eles descobriram que muitos dos projetos tinham muitas necessidades em comum: “Um microsserviço comum chave que surgiu foi relacionado ao envio de notificações via e-mail, Slack ou SMS.”

A partir daí Mike explica que “Como a maioria das integrações tinha esse requisito, o microsserviço de “notificações” nasceu rapidamente. Hamilton ainda esclareceu que a função deste microsserviço “é poder postar informações sobre quem notificar, como notificá-las, e o conteúdo para enviar a notificação e depois entregar aos destinatários pretendidos.”
Conclui, portanto, que ao criar isso como um serviço, cada projeto pode aproveitar a capacidade do microsserviço, em vez de implementar notificações como parte de cada projeto individual. 
“Isso economiza tempo de desenvolvimento em cada projeto e nos fornece uma maneira consistente de implementar notificações em todo o nosso trabalho”, finaliza o diretor de TI da MuleSoft.

Como vimos na fala do Mike Hamilton, descobrir o que todas as solicitações de entrega tinham em comum, fez com que a equipe de TI da MuleSoft conseguisse desenvolver um recurso útil e reutilizável. 
Isso salvaria a equipe da MuleSoft e qualquer outra equipe que tivesse acesso a ela, de empreender tempo e esforço na entrega de qualquer projeto que necessitasse de notificações. O modelo gerou um produto de consumo ativo reutilizável e, em seguida, foi usado para acelerar a produção.

No próximo artigo, falaremos sobre a mudança de abordagem na integração de sistemas de negócios. Explicando o que é preciso para que este processo aconteça rapidamente, diminuindo o risco do efeito para as operações comerciais já em andamento.

A MuleSoft é a escolha das empresas mais inovadoras do mundo. Pois, com as integrações feitas pelo Anypoint Platform da MuleSoft, as empresas conseguem otimizar suas demandas e aumentar sua produtividade e escalabilidade. 
A expertise da Vertigo na plataforma MuleSoft nos tornou a empresa com mais cases de sucesso da implementação da ferramenta no Brasil  

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