Neste artigo, exploraremos o conceito de Helm Charts, demonstrando como eles podem simplificar, melhorar a implantação e gerenciamento de microsserviços Kubernetes em comparação com os manifestos tradicionais.
Abordaremos a importância do Helm e dos Helm Charts, assim como os problemas comuns que os Helm Charts resolvem no contexto de microsserviços Kubernetes.
Esse texto é o primeiro de uma série que divide o tema em 3 partes.
Introdução ao Kubernetes e microsserviços
Microsserviços são uma abordagem arquitetônica que divide uma aplicação em componentes menores e independentes, cada um com responsabilidades específicas e bem definidas. Esses componentes podem ser desenvolvidos, implantados e escalados de forma independente, melhorando a agilidade e a resiliência da aplicação. O Kubernetes é uma plataforma de orquestração de contêineres de código aberto que simplifica o gerenciamento, a implantação e a escalabilidade de aplicações baseadas em microsserviços.
Visão geral do Helm e Helm Charts
O Helm é um gerenciador de pacotes para Kubernetes que facilita a implantação e o gerenciamento de aplicações em um cluster Kubernetes. Ele introduz o conceito de Helm Charts, que são pacotes de recursos do Kubernetes pré-configurados e empacotados.
Um Helm Chart define uma aplicação completa, incluindo todos os seus componentes e configurações.
Os Helm Charts são importantes porque simplificam a implantação e a atualização de aplicações, permitindo que os desenvolvedores e operadores gerenciem aplicações complexas com maior eficiência e confiabilidade.
Como os Helm Charts resolvem problemas comuns
Os Helm Charts resolvem diversos problemas comuns ao trabalhar com microsserviços Kubernetes, como:
- Gerenciamento de dependências: podem declarar e gerenciar dependências entre componentes da aplicação, garantindo que todas as partes necessárias sejam implementadas e configuradas corretamente.
- Simplificando a implantação e a atualização das aplicações: permitem que os desenvolvedores e operadores implantem e atualizem aplicações usando um único comando, reduzindo a complexidade e o risco de erros.
- Reduzindo erros humanos e garantindo consistência: fornecem modelos e valores padrão para a configuração da aplicação, reduzindo a possibilidade de erros de configuração e garantindo que a aplicação seja implantada de maneira consistente em diferentes ambientes.
Helm Charts vs Manifestos Kubernetes
Os Helm Charts oferecem várias vantagens em relação aos manifestos Kubernetes tradicionais:
Características | Helm Charts | Manifestos Kubernetes |
Estrutura e organização | Pacotes pré-configurados e empacotados com todos os recursos. | Arquivos de configuração YAML individuais. |
Gerenciamento de dependências | Suporte nativo para gerenciamento e declaração de dependências. | Dependências gerenciadas manualmente. |
Implantação e atualização | Simplificadas com comandos únicos para instalação e atualização. | Comandos individuais para cada recurso. |
Reutilização de código | Permite a reutilização de código através de modelos e subcharts. | Limitada reutilização de código. |
Compartilhamento e distribuição | Facilitado por repositórios de Helm Charts centralizados. | Compartilhamento e distribuição manuais. |
Valores padrão e personalização | Valores padrão fornecidos e fácil personalização. | Valores e configurações inseridos manualmente. |
No entanto, em alguns casos, os manifestos Kubernetes podem ser mais apropriados, especialmente para aplicações simples que não exigem gerenciamento de dependências ou configurações complexas. A escolha entre usar Helm Charts ou manifestos Kubernetes dependerá das necessidades e dos requisitos específicos do projeto.
Conclusão
Nesta primeira parte, apresentamos o conceito de Helm Charts e exploramos suas vantagens em comparação com os manifestos Kubernetes tradicionais. Discutimos como os Helm Charts simplificam a implantação e o gerenciamento de aplicações baseadas em microsserviços, abordando problemas comuns, como gerenciamento de dependências e atualizações de aplicações.
Na próxima parte desta série, abordaremos como criar, testar e compartilhar Helm Charts para microsserviços Kubernetes, aprofundando os conceitos apresentados aqui e fornecendo exemplos práticos de como aplicar esses conceitos em projetos reais. Fique ligado para aprender mais sobre o poder dos Helm Charts e como eles podem melhorar a maneira como você gerencia suas aplicações baseadas em microsserviços no Kubernetes.
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Quem assina esse artigo é o nosso Analista DevOps, Caio Barbieri