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Como garantir que os seus microsserviços estão funcionando corretamente?

Parece que todo mundo está falando e adotando estrutura de microsserviços atualmente. Com isso, as arquiteturas monolíticas estão, lentamente, ficando para trás. Afinal, profissionais de TI percebem, cada vez mais, a necessidade de modernizar seus sistemas legados, bem como seus processos de trabalho.

Estruturas monolíticas não suportam aplicações cloud native, possuem experiências lentas e inconsistentes que não conseguem abranger vários dispositivos e podem manifestar inatividade geral prolongada por conta de falha em um ponto específico do aplicativo. Ou seja, este tipo de arquitetura entrega fluxo de trabalho ineficiente e pouco atraente para os profissionais técnicos envolvidos. 

Sendo assim, fica claro que é exigido conhecimento mais específico para projetar microsserviços do que quando é o caso de uma aplicação monolítica tradicional. Portanto, é altamente recomendável estar ciente de todos os pré-requisitos e habilidades necessárias antes de começar o projeto desta natureza. 

Mas como saber se a sua arquitetura de microsserviços está sendo executada com êxito? Separamos 5 etapas para saber se seus microsserviços estão funcionando corretamente. Leia nosso artigo e descubra!


1- Monitoramento de microsserviços

Seja transformando gradualmente um aplicativo monolítico em microsserviços ou construindo um novo sistema do zero, agora sua equipe possui mais serviços para monitorar. Cada um deles, provavelmente usa diversas tecnologias ou linguagens e encontra-se em uma máquina ou contêiner diferente.
Com isso, o sistema se torna altamente fragmentado, surgindo uma maior necessidade de monitoramento centralizado. Onde antes havia um único processo monolítico, agora podem haver dezenas de processos em contêineres em diferentes regiões e em várias nuvens.
Isto significa que não há mais apenas um único conjunto de métricas com o qual as equipes de TI precisam lidar, agora os profissionais precisam analisar centenas de métricas e eventos.
Como resolver: O monitoramento de DevOps precisa se tornar um modelo hierárquico onde um conjunto de um sistema de alto nível e KPIs de negócios possa ser observados o tempo todo. Ou seja, a solução aqui é a observabilidade.
As equipes devem ser capazes de analisar as métricas, com menor esforço possível, para entender em quais microsserviços o erro está se originando e, a partir daí, entender quais são os contêineres que estão falhando.


2- Logging entre múltiplos serviços

Logs não estruturados são gerados diariamente por servidores, culminando em discos rígidos sobrecarregados e custos absurdos de ingestão, armazenamento e ferramentas. Mesmo com uma arquitetura monolítica, seus logs provavelmente já devem estar causando dor de cabeça.
Aplicando estratégias de microsserviços, os registros ficam ainda mais dispersos. Uma simples transação de um usuário agora pode passar por diversos serviços, todos com sua própria estrutura de registro. Para solucionar um problema e entender o que aconteceu de errado, é preciso retirar todos os diferentes logs de todos os serviços pelos quais a transação possa ter passado.
Como resolver: O principal desafio é entender como uma única transação se movimenta entre os diferentes serviços. Para conseguir isso, é necessário realizar uma reformulação massiva de como um monólito tradicional normalmente registraria todos os eventos durante a execução de uma transação sequencial.


3- Realizar o deploy em um serviço pode quebrar o outro

Uma premissa conhecida no mundo monolítico é de que todos os deploys de um código são realizados ao mesmo tempo, o que significa que o período de tempo em que um aplicativo está em sua fase mais vulnerável é relativamente curto. Em microsserviços sabemos que isso não é verdade.
Como os microsserviços são inerentemente interligados, uma alteração significativa em um, pode causar problemas de comportamento ou desempenho que só irão se manifestar em outro. O desafio é que a outra equipe de desenvolvimento, cujo microsserviço está falhando, não esperava uma quebra em seu código. Isso pode levar à instabilidade inesperada do aplicativo na totalidade, bem como a algum atrito organizacional.
Embora as arquiteturas de microsserviços possam ter tornado mais fácil a realização de um deploy de código, elas também dificultaram o processo de verificação do comportamento do código após a implantação.
Como resolver: a organização deve criar calendários de deploy compartilhados e alocar os recursos adequados para testar e monitorar de perto o comportamento da aplicação como um todo sempre que microsserviços relacionados forem implantados.


4- Encontrar a causa-raiz dos problemas

Os primeiros dados ​​que você irá obter do log provavelmente não vão apontar imediatamente para a causa-raiz de um problema. Eles, geralmente, apenas te levarão na direção da pista mais próxima e não muito mais longe que isso. Neste ponto, será preciso fazer mais para descobrir o que está causando a falha.
Na TI tradicional isso implicaria em emitir informações detalhadas sobre o estado de cada transação falhada. O desafio aqui é que isso requer que os desenvolvedores tenham previsibilidade suficiente para saber quais informações eles precisam para solucionar o problema com antecedência.
Como resolver: quando a causa-raiz do erro em um microsserviço se estende por vários outros, é essencial ter uma metodologia de detecção centralizada. As equipes devem considerar quais partículas de informação seriam necessárias para diagnosticar problemas futuros e em qual nível de extração elas deveriam ser emitidas para levar em conta as considerações de desempenho e segurança.


5- Sistema de controle de versão

A transição de um modelo de camada na arquitetura monolítica para um modelo de microsserviços também é um desafio! Como mais de 80% dos códigos de um aplicativo geralmente são de propriedade de terceiros, gerenciar a maneira como ele é compartilhado entre os diferentes microsserviços de uma empresa torna-se um elemento crítico, principalmente para evitar a temida dependência eterna.
Além disso, usar diferentes versões de um código de terceiros aumenta o risco de problemas críticos de software decorrentes da falta de compatibilidade entre versões ou de pequenas mudanças nos comportamentos que podem dar origem à maioria dos bugs de software.
Não podemos esquecer dos problemas de segurança decorrentes de um microsserviço que use uma versão mais antiga e vulnerável de um código de terceiros – o sonho de um hacker. Permitir equipes diferentes gerenciarem em repositórios isolados pode ter sido viável em um mundo monolítico, mas em uma TI moderna isso é absolutamente impossível.
Como resolver: as organizações precisam investir em redesenhar seus processos de desenvolvimento para utilizar repositórios de artefatos centralizados tanto para o código compartilhado quanto de terceiros. As equipes devem ter permissão para armazenar somente o seu próprio código em seus repositórios individuais.


Concluindo

Como acontece com a maioria dos avanços na indústria de TI, os microsserviços pegam um conceito familiar e o invertem. Eles repensam a maneira como os aplicativos em grande escala devem ser projetados, construídos e mantidos. Com eles, vêm muitos benefícios, mas também novos desafios. Quando olhamos para esses cinco desafios principais juntos, podemos ver que todos eles derivam da mesma ideia: a necessidade da observabilidade.
Se a sua organização pretende migrar para a arquitetura de microsserviços, tenha em mente que será necessário implementar mudanças não somente nas aplicações, mas também no modo como suas equipes trabalham.
As mudanças organizacionais e culturais podem ser, em parte, consideradas como desafios, porque cada equipe terá um ritmo próprio de implantação e será responsável por um serviço exclusivo. Talvez essas não sejam preocupações típicas para os desenvolvedores, mas serão essenciais para o sucesso da arquitetura de microsserviços. Para entender melhor como lidar com arquitetura de microsserviços e como essa tecnologia pode ajudar no desenvolvimento digital do seu negócio, fale com os nossos especialistas.

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