Em 2020, a aceleração da Transformação Digital surgiu como prioridade para muitas organizações. Elas lutavam contra o impacto proveniente de uma pandemia inesperada e corriam para se adaptar a uma nova realidade.
De modo a impulsionar a eficiência dos negócios, a TI deve repensar seu modelo operacional para fornecer recursos de autoatendimento e permitir a inovação em toda a organização.
Conforme as empresas começam a sair das sombras dessa transição forçada, como será a realidade em 2021? Que novas tendências de tecnologia surgirão? Neste artigo compartilhamos nossas previsões para este ano. Boa leitura!
A cultura digital-ready
Os clientes querem um envolvimento consistente com as marcas em seus canais preferidos, especialmente os digitais. Sendo assim, as organizações precisam investir em novos métodos online de atendimento ao cliente.
A pressão sob os líderes de TI para entregar iniciativas digitais vem aumentando, sendo a integração entre áreas e seus sistemas um dos maiores desafios. Um exemplo disso é que um grande número de profissionais relata que os silos operacionais estão criando obstáculos para suas organizações.
Usar uma abordagem baseada em API proporciona, rapidamente, novas experiências digitais. Com a plataforma de Gestão de APIs e Microsserviços da Kong, parceira oficial da Vertigo para projetos dessa natureza, é possível agir com rapidez e atender melhor os clientes aproveitando a conectividade.
Integração fácil e rápida de vários aplicativos e protocolos de informação, além de personalização de serviços, proporciona experiências conectadas e reduz prazos de entrega de projetos. Conheça os benefícios da abordagem de APIs:
- Metodologia Ágil: prepare os seus sistemas para trocar informações com a velocidade que o seu negócio e mercado precisam.
- Explore novos modelos de negócio: as empresas estão progressivamente compartilhando o seu ativo mais importante, a informação, e assim gerando novas receitas.
- Monetização do negócio digital: quando um parceiro é capaz de vender o seu produto ou serviço, ambos são vencedores.
- Ecossistema conectado: entenda quem faz parte do seu ecossistema de clientes e parceiros, troque informações com esse público.
Democratização da inovação
A necessidade de integração está crescendo em todos os setores de negócio, principalmente nas áreas de análise e ciência de dados e suporte ao cliente (customer care).
Os serviços de tecnologia do futuro serão montados e compostos pelas pessoas que realmente os usam. Serão mais solicitadas as ferramentas que permitem negócios especializados em tarefas de integração de aplicações, dados e processos através de um desenvolvimento muito intuitivo.
Os arquitetos de soluções, por exemplo, desempenham um papel fundamental na viabilização das transformações digitais corporativas, se tornando conselheiros de confiança das equipes de gestão e cada vez mais guiando as decisões de compra de TI.
Embora os executivos continuem no comando da elaboração do orçamento geral, cada vez mais isto está sendo responsabilidade dos arquitetos, de forma que os líderes seniores não tenham que se envolver em todas as decisões de tecnologia.
A melhor maneira para atingir a democratização é treinar os funcionários na integração de APIs, pois não apenas os ajuda a prosperarem em suas carreiras, mas também ao seu negócio.
A conectividade baseada em API é a habilidade e o conceito mais importante para criar uma Customer Experience conectada e trazer inovações para o mercado. À medida que a rede de aplicações é ampliada através da profusão das APIs, é possível acelerar as iniciativas de Transformação Digital.
Portfólio de soluções estratégicas
A hiperespecialização criou um grande volume de aplicações, o que faz com que empresas tenham que lidar com essa proliferação de ferramentas. São dezenas de plataformas usadas para gerenciar funções como finanças, suporte ao cliente e mais. Cada uma destas é suportada por uma variedade de aplicações altamente especializadas.
Sendo assim, será preciso desenvolver estratégias de integração para extrair o máximo valor do legado já existente. A norma é que ao construir ativos de integração reutilizáveis haverá economia de tempo e dinheiro em projetos futuros e, assim, maior valor comercial será gerado.
Este modelo de negócio modular permite que as organizações possam deixar para trás o planejamento rígido e tradicional para se voltar à agilidade ativa. Este novo pensamento empresarial cria mais inovação, custos reduzidos e melhores parcerias.
Automação
A automação é a regra número um para permitir a inovação e aumentar a produtividade. Porém, pode trazer desafios à inovação. Vários profissionais relatam dificuldade para superar obstáculos associados à conexão de sistemas de TI, aplicações e dados, sem impedir iniciativas de automação. A resposta para esse entrave são as APIs.
Cada API pode ser tratada como um componente discreto, independente, que representa uma parte de um processo de negócios completos. Para conduzir as atividades, uma API negocia o contato entre dois sistemas para fornecer os dados ou serviços solicitados.
A crescente complexidade provocada por uma explosão de sistemas codependentes, dados dinâmicos e expectativas crescentes exigem uma nova abordagem para o software. Em 2021, veremos mais sistemas baseados em intenções e um novo modelo de programação tomará conta: o declarativo.
Neste modelo, é declarada uma intenção – uma meta desejada ou estado final – e os sistemas de software conectados via APIs em uma rede de aplicações perseguirão o resultado de forma autônoma.
Segurança de API
Segurança é um fator muito importante para gerar fidelização do cliente, sendo assim um dos principais investimentos em tecnologia de uma organização. Afinal, ataques a aplicativos da web são uma das principais causas de violações.
Com mais empresas migrando para arquiteturas distribuídas, as equipes de tecnologia precisam de uma maneira escalável de tornar a segurança à prova de falhas, enquanto gerenciam um número crescente de microsserviços e contêineres, que traz maior complexidade.
As empresas devem agir como se cada pessoa e serviço (interno ou externo) pudesse ter intenções maliciosas para, assim, implementar protocolos de segurança com finalidade de proteger adequadamente seus serviços, aplicações e dados. Deixar de fazer isso resultará em mais violações, interrupções generalizadas e preocupação inflada dos clientes. Prevenir, é melhor que remediar.
APIs, por exemplo, podem ser uma brecha para invasões. Já comentamos em outro artigo que de acordo com Gartner, em 2022, API será o vetor de ataque mais frequente para violações de dados de aplicativos da web corporativos.
Quando não há segurança adequada de APIs, elas podem ser usadas para exposição de dados, sua comunicação pode ser interceptada e servidores back-end entrarem em downtime devido a ataques DoS.
É fundamental implementar as melhores práticas para manter suas integrações e dados sob bloqueio rígido de chave. Veja como garantir esta segurança:
- Autenticação multifatorial;
- Credenciamento baseado em token;
- Assinaturas digitais;
- Criptografia de chave pública;
- Certificação digital.
Microsserviços
Os microsserviços surgem como uma maneira rápida de construir nova Customer Experience ao expor dados e funcionalidades de uma entidade específica do negócio. Com essa abordagem, as organizações podem se adaptar rapidamente à alteração das solicitações e demandas do cliente, bem como oferecer serviços que criam uma vantagem competitiva.
Ao reunir vários microsserviços para resolver as necessidades de negócios é criada a tão desejada geração de valor agregado. Porém, uma organização só pode perceber os benefícios de uma arquitetura de microsserviços ao eliminar o código personalizado e a complexidade que vêm do gerenciamento de todos os serviços díspares.
Tão importante quanto os microsserviços é o Service Mesh, ou “malha de serviços”, que é uma camada de infraestrutura incorporada a uma aplicação que documenta como os serviços interagem entre si. Seu principal objetivo é tornar a comunicação segura, rápida e confiável.
As empresas que implantam microsserviços para produção precisarão, de alguma forma, deste padrão para escalar. Apesar de ser uma abordagem recente, Service Mesh está crescendo em organizações que utilizam microsserviços, não pelo que adiciona, mas pela complexidade que remove.
Essa abordagem permite que as equipes de tecnologia substituam todo código não confiável e incompatível de uma organização, fornecendo liberdade de infraestrutura e conectividade em nuvem para as equipes.
Eventualmente, é esperado que Service Mesh permeie cada workload executado por uma equipe, assim a tecnologia ficará melhor e mais fácil de usar à medida que amadurece.
Divisão e análise de dados
Algumas empresas não estão alcançando as expectativas do cliente em ter experiências totalmente personalizadas, porque possuem dificuldade de acesso aos dados necessários para promover conexão de dados:
EXPECTATIVA | REALIDADE |
Interações consistentes entre departamentos | O cliente sente que está falando com vários departamentos diferentes e não com a empresa |
O cliente espera que os representantes e atendentes tenham todas as informações sobre ele | Precisam repetir ou explicar novamente toda sua história para diferentes representantes em cada atendimento |
Desbloquear e unificar dados é fundamental para promover experiências conectadas e, em consequência, para o crescimento. Afinal, Customer Experience é fator primordial para a escolha/preferência por uma empresa.
A realidade é que a maioria das organizações hoje, em todos os setores, não são capazes de fornecer experiências verdadeiramente conectadas para seus clientes, parceiros e funcionários. Isso porque fornecê-las requer a obtenção e análise de muitos dados. Integrar e unificar estes dados é fundamental para criar uma visão única do cliente e alcançar a verdadeira Transformação Digital.
Como a quantidade de sistemas e aplicações continua a crescer exponencialmente, as equipes percebem que a chave para o sucesso de sua organização é o desbloqueio de dados, onde quer que existam, de uma forma que os ajude a entregar valor mais rapidamente.
Ter ferramentas de big data e analytics é mandatório. Geração de valor exige dados acessíveis, de qualidade e em tempo real.
GitOps terá destaque
Os benefícios do workflow Git se combinam com os da automação de CI/CD. Isso impulsionará a aceitação do GitOps. Provedores e tecnologias que oferecem suporte a esta abordagem prosperarão e aqueles que não o fizerem perderão mais relevância.
O princípio orientador do GitOps é que o Git é a “fonte da verdade” para o sistema de uma organização, refletindo todas as mudanças feitas nas aplicações e na infraestrutura. Ou seja, o GitOps é o caminho para o sucesso na era cloud native.
Um exemplo de solução para GitOps é a Weave Kubernetes Plataform que reduz a complexidade através de gerenciamento de configuração, automação e ferramental de operações.
Com o gerenciamento de configuração GitOps, as equipes podem definir uma instalação padrão e automatizar a implantação de novos nós, seguindo um modelo predefinido.
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Conclusão
Agora, mais que nunca, é importante que as organizações comecem a sua Transformação Digital para que adquiram uma visão ampla de sua indústria e se tornem aceleradores do crescimento e da produtividade em suas respectivas áreas.
“Há pelo menos 15 anos as soluções para integração de sistemas corporativos são diversas reedições da mesma coisa: plataformas caríssimas que diferem entre si apenas pela sopa de letras. De EAI a SOA, de ESB a API Gateway, de SOAP a REST, todas estas plataformas têm o mesmo vício de origem: criam mais um silo disfuncional na TI porque centralizam processos e submetem ao eterno pesadelo de tickets manuais tarefas que deveriam ser corriqueiras e automatizadas.
A tendência para 2021 é a disseminação no mundo corporativo de uma abordagem descentralizada para publicação e sustentação de APIs, inspirada nas práticas DevSecOps, alicerçada por código aberto e implantada a custo reduzidíssimo por empresas como a Vertigo Tecnologia.” afirma o nosso CTIO, André Fernandes.
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